Pode parecer um pouco óbvio, mas uma das primeiras iniciativas de um usuário ao decidir fazer uma compra online é procurar pelo produto em sites de busca, como o Google. O Sebrae afirma que 92% de todo o tráfego de pesquisas está na primeira página do buscador e 33% desses internautas encontram o que procuram no primeiro resultado orgânico, você sabia?
Para você ter uma ideia, o buscador mais famoso do mundo recebe mais de 100 bilhões de buscas por mês. Por esse motivo, varejistas de todos os segmentos de e-commerce devem estar atentos às formas de destacar seus produtos organicamente, batalhando pelo maior posicionamento nesse gigante das buscas.
Quer entender como o SEO para e-commerce faz seus produtos saírem na frente nas buscas online? Continue lendo!
O que é SEO?
O SEO (search engine optimization) é um conjunto de técnicas para otimizar o posicionamento de um site nos resultados de busca orgânica. Na verdade, essa é a consequência da aplicação das estratégias. A grande razão de ser do SEO é levar para um outro nível a experiência dos usuários.
Qual é a importância do SEO para e-commerce?
A Pesquisa Anual de E-commerce, elaborada pelo SEMrush – uma das mais famosas ferramentas de gestão de SEO –, revela que em categorias como eletrônicos, saúde e alimentação, a busca orgânica representa a segunda maior fonte de tráfego, perdendo apenas para o acesso direto.
Portanto, é importante lembrar que o acesso direto está relacionado à percepção de marca. Além disso, a fidelização que ela pode gerar por meio de boas experiências de compra online depende de algumas regras aplicadas em SEO.
Sendo assim, o SEO pode ser um dos pilares para a escalabilidade do negócio da maneira mais econômica possível. Porém, em razão das flutuações diárias nas SERPs – Search Engine Results Page ou simplesmente páginas de resultados –, os anúncios pagos por clique devem ser complementares para que o site continue convertendo mesmo que perca posições no ranking.
Embora as estratégias de PPC (pagamento por clique) sejam essenciais, uma marca bem posicionada organicamente consegue economizar em anúncios pagos, gerar mais credibilidade e atrair mais cliques.
5 técnicas de SEO para e-commerce que você precisa adotar
Por ainda ser um mecanismo desconhecido ou pouco valorizado por algumas empresas, o SEO entrega muitas oportunidades de crescimento, mesmo em um mercado competitivo como o que vemos hoje.
Segundo o Relatório SEO Trends, 32% das empresas brasileiras não adotam nenhuma estratégia de SEO.
Saiba agora quais são as otimizações fundamentais para sair na frente com o e-commerce da sua empresa!
1. Uso de palavras-chave
As palavras-chave são o fundamento de qualquer técnica de SEO para e-commerce. Elas são a ferramenta pela qual os consumidores chegam às lojas virtuais de diversos segmentos.
Dessa forma, para que esses termos estratégicos alcancem o público certo, é preciso antes entender o que as pessoas pensam quando buscam por um produto da sua marca. Monitorar seus concorrentes pode trazer algumas ideias de palavras-chave, principalmente para competir com eles pelo ranking.
Como as palavras-chave realmente funcionam?
Imagine que você é um fabricante de smartphones e seu grande diferencial é oferecer mais memória RAM do que a concorrência. Você não deve, de forma alguma, desperdiçar esse recurso em sua estratégia!
Por isso, investir apenas em uma palavra-chave head tail, ou seja, mais generalista, não é a melhor estratégia. Quando um consumidor pesquisar por “celular”, pode ser que ele esteja procurando algo mais específico:
- um celular da marca Xiaomi;
- um celular com durabilidade de bateria;
- um celular com câmera boa;
- um celular barato;
- uma operadora de telefonia.
Percebeu como não é simples ser encontrado na internet utilizando palavras-chave de amplo alcance? São muitas possibilidades e uma competição muito maior em torno do mesmo tema! Para atingir as pessoas certas, você deve pensar em qualificação do público, e isso quer dizer investir em palavras-chave long tail, as mais específicas.
Por exemplo, com um diferencial em memória RAM, você pode investir em termos como:
- “smartphone da sua marca com 6GB de memória RAM”,
- “modelo do aparelho 6GB de RAM”,
- entre outras.
É importante lembrar que a aplicação das palavras-chave demanda muito estudo para desenvolver uma técnica que consiga combinar termos com alto volume de buscas e baixa competitividade.
Para isso, existem ferramentas como o Google Keyword Planner, que pode ajudar você a descobrir quais são os melhores termos para investir no SEO para e-commerce.
O Relatório SEO Trends afirma ainda que 59% das empresas que adotam ferramentas de otimização tendem a apresentar resultados mais expressivos se comparados às empresas que não utilizam nenhuma ferramenta.
Onde inserir palavras-chave?
Após o estudo de palavras-chave, você estará apto a inserir os melhores termos e seus sinônimos em locais estratégicos na página de produto e categorias.
- na URL, preferencialmente em letras minúsculas;
- no meta título, que é o título que aparece para o usuário na página de resultados;
- na meta descrição, que é a descrição da sua página no buscador;
- no H1, que é o título principal da página;
- no resumo do produto dentro da loja virtual;
- nas imagens correspondentes ao produto e no arquivo que será upado para o site.
Embora as descrições não sejam um fator direto de ranqueamento, elas são a oportunidade que você tem para cativar o consumidor!
Por quê? A meta descrição é sua primeira chance de conquistar o clique do usuário para a sua página. Então, ela deve ser o mais atraente possível! A pesquisa do SEMrush revelou também que “frete grátis” é um dos termos mais empregados em anúncios de e-commerces.
Se você oferece algum tipo de condição favorita aos consumidores, utilize esses recursos a seu favor! A meta descrição ou até mesmo o meta título são os espaços ideais para explicitar isso e chamar a atenção do usuário!
Já na descrição do produto, você deve incluir palavras-chave pensando em aumentar a relevância do termo dentro da página. Além disso, ela deve conter todas as informações para que o consumidor tenha certeza do que está comprando! Lembre-se apenas de utilizar as palavras-chave de maneira coerente e sem repetições desnecessárias.
2. Otimização do tempo de carregamento
Com o mobile ganhando cada vez mais espaço, é preciso estar atento a todos os fatores que envolvem a experiência do usuário nesses dispositivos. Por isso, é essencial que seu site seja responsivo e tenha a menor velocidade de carregamento possível. Isso evita que o usuário tenha uma experiência negativa ao utilizar a barra de rolagem para visualizar o site inteiro.
Segundo o Google, um segundo de delay no carregamento mobile pode influenciar negativamente em até 20% das conversões. Por isso, é esperado que em 2018 a velocidade de carregamento em dispositivos móveis se torne um fator de rankeamento.
Por ser uma questão mais técnica, o tempo de carregamento pode parecer um pouco mais difícil de ser solucionado. Porém, algumas ferramentas como o PageSpeed Insights são capazes de indicar quais fatores precisam ser corrigidos para que o carregamento se torne mais fluido.
Um erro comum que pode prejudicar o carregamento das páginas é o uso de imagens não compactadas. O site pode conter imagens de ótima qualidade e facilmente compactadas por meio de aplicativos ou salvando em formato web no Photoshop.
3. Certificação de segurança de dados
Os buscadores também tendem a posicionar melhor os sites que cumprem com suas diretrizes de segurança. Ou seja, páginas da web que contam com o protocolo HTTPS, responsável pela encriptação de dados.
Portanto, o protocolo ou Certificado SSL proporciona segurança ao usuário na hora de trocar dados com uma empresa online. Em e-commerce, é imprescindível ter essa certificação. Ela é exigida inclusive por meios de pagamento para que as transações com cartões de crédito e dados pessoais não sejam interceptadas.
4. Link building
Montar uma estrutura de links internos é uma das estratégias de SEO para e-commerce mais importantes! Com os inbound links bem construídos e “conversando” entre si, o varejista consegue manter o usuário navegando entre páginas de produtos. Isso tende a aumentar não só sua permanência como a taxa de conversão.
Então, os links internos em e-commerce são bastante utilizados para sugerir produtos semelhantes. Também são boas práticas para outras versões do mesmo produto e para promover o “compre junto”.
5. Redirecionamento 301
O redirecionamento impede que seu site perca posições ou aumente a taxa de rejeição. Você sabia que toda vez que um usuário não encontra o que procura e retorna à página de resultados, o Google entende que a experiência não foi tão positiva e pode vir a rebaixar seu site no ranking?
Por exemplo, imagine que você é um grande varejista online e vende em seu e-commerceuma marca de suplemento alimentar. Uma página de venda perfeita deve ser otimizada com título, descrição e todas as técnicas de SEO para e-commerce.
Porém, em dado momento, a loja virtual pode não vender mais aquela marca de produto. Assim, o consumidor que realizou a busca ficará frustrado ao perceber que não há estoque. O redirecionamento 301 serve exatamente para que você não perca aquele acesso tão facilmente.
Quer dizer, quando sua loja online não oferecer mais um produto, sua página de categoria já deve estar totalmente otimizada. Também é importante contar com uma vitrine digital perfeita para reter aquele cliente.
Fonte: E-commerce Brasil