Mais bem informado e maduro, o consumidor brasileiro tem utilizado cada vez mais a internet como uma aliada na hora de ir às compras.
Levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) com internautas que realizaram alguma compra online nos últimos 12 meses mostra que 47% dos entrevistados sempre fazem pesquisas na internet antes de realizar alguma compra em loja física.
Nesses casos, a maioria busca informações sobre preços (38%), detalhes e características daquilo que pretendem adquirir (22%) e também a opinião de outros clientes sobre a experiência de compra (10%). Apenas 18% dos entrevistados compram direto em lojas físicas sem fazer qualquer consulta no ambiente virtual.
De acordo com a pesquisa, os itens mais pesquisados na internet antes da aquisição na loja física são os eletrodomésticos, smartphones, eletrônicos, roupas e acessórios e cosméticos e perfumes.
Quando precisam se informar sobre os produtos ou serviços que pretendem adquirir, 47% dos internautas buscam informações em sites que mensuram índices de reclamações, enquanto 35% preferem os sites ou aplicativos da própria empresa e 34% recorrem aos buscadores, como o Google, por exemplo.
25% dos internautas fazem o caminho inverso
Se consultar a internet antes de realizar uma compra em lojas físicas tornou-se um hábito do internauta brasileiro, o inverso também acontece, embora em uma proporção menor.
Segundo a pesquisa, um quarto dos internautas visita uma loja física para conhecer o produto que deseja adquirir na internet. A maior parte toma essa atitude para ver os detalhes e principais características daquilo que está sendo adquirido, além da tradicional pesquisa de preço.
Os itens que os entrevistados mais procuram ver presencialmente para depois comprar de forma online são os eletrodomésticos, smartphones, eletrônicos e roupas ou acessórios.
Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, os empresários precisam romper com a separação entre varejo físico e online para proporcionar experiências mais completas aos clientes.
“Houve um tempo em que o mundo virtual e o mundo físico não conversavam. Mas isso acabou”, cravou. “Hoje, os clientes se surpreendem quando a empresa não tem ao menos um canal de atendimento online. Por isso, investir na qualidade da experiência de compra é entender que o cliente é ao mesmo tempo físico e virtual e tem transito livre entre os diferentes canais de venda e relacionamento”, afirmou.
Fonte: E-commerce Brasil